quinta-feira, 8 de junho de 2017
REDAÇÃO
ESQUEMA PARA A DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA
1) Tese: _________________________________________________________________
2) Argumentos:
1º argumento (referente à tese): ______________________________________________
2º argumento (referente à tese): ______________________________________________
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA
1) Introdução
* Máximo de 05 (cinco linhas)
* Uma frase declarativa sobre o tema (ponto) + conector e alguma afirmação que contenha os dois argumentos.
2) Desenvolvimento
* 1º parágrafo - Vai defender o primeiro argumento. Deve ter, no mínimo, 05 (cinco) linhas e, no máximo, 08 (oito).
* 2º parágrafo - Vai defender o segundo argumento. Deve ter, no mínimo, 05 (cinco) linhas e, no máximo, 08 (oito).
* Podem ser usados exemplos e citação pertinente ao assunto. No caso das citações, utilize-as apenas em um dos dois parágrafos.
3) Conclusão
* Máximo de 05 (cinco) linhas
* Conector conclusivo + tese (ponto) + expressão que introduza a proposta + a proposta.
LEMBRETES
* Todos os parágrafos devem ter, no mínimo, dois períodos. (= no mínimo, um ponto de continuação)
* Os parágrafos devem iniciar com um pequeno afastamento da margem e ficarem na mesma direção.
* Evite repetição de palavras
* Use a norma culta da língua
quarta-feira, 31 de maio de 2017
CLASSES DAS PALAVRAS - 1
SUBSTANTIVO
Substantivo é a classe de palavras que nomeia todos os seres.
1) Quanto à composição, podem ser:
a) simples - têm um só radical: pedra, mar
ou
composto - têm mais de um radical: girassol, fidalgo, guarda-chuva, pontapé
b) primitivo - formam outros substantivos: flor, livro, feliz
ou
derivado - formados com base num substantivo primitivo + acréscimo de prefixo ou sufixo: florista, livreiro, infeliz, infelizmente
2) Quanto à significação, podem ser:
a) próprio - designem particularmente os seres: João, Itália, Manhuaçu, Pinheiro. (são escritos com iniciais maiúsculas)
ou
comum - designam seres de forma geral e objetos: mulher, cidade, gato, garfo
b) concreto - designam seres reais ou fictícios (não dependem de nós para existir): anjo, bruxa, caderno, caneta, duende
ou
abstrato - nomeiam seres que dependem de nós para existir e ações, conceitos, estado: amor, justiça, dor
3) Quanto à flexão de gênero, dividem-se em:
1) biforme - possuem duas formas (uma para o masculino, outra para o feminino) - Costumam possuir o mesmo radical: pato - pata / menino - menina
e
biforme heterônimo: possuem duas formas (uma para o masculino, outro para o feminino) - Os radicais são diferentes: boi - vaca / pai - mãe
2) uniforme - possuem uma só forma para o masculino e para o feminino. Dividem-se em:
a) epiceno - designam animais e plantas. A diferença entre os gêneros é feita pelas palavras macho e fêmea: cobra macho - cobra fêmea / mamoeiro macho - mamoeiro fêmea
b) comum de dois gêneros - a distinção entre os gêneros é feita pelo artigo o e a: o estudante - a estudante / o motorista - a motorista / o compatriota - a compatriota
c) sobrecomum - A mesma forma serve para designar o masculino e o feminino: o cadáver / a testemunha / o cônjuge
CURIOSIDADES SOBRE OS SUBSTANTIVOS
1) Presidenta, segundo o "Aurélio", é "mulher que preside ou mulher de um presidente", distinta de presidente, que é "pessoa que preside" ou "o presidente da República". A forma tradicional, comum de dois gêneros (presidente), não tem nenhum sentido discriminatório. Mas presidenta tem mais um peso político que linguístico e, embora bastante utilizado ultimamente, é coloquial.
2) Peixe-boi tem um feminino heterônimo: peixe-mulher.
Substantivo é a classe de palavras que nomeia todos os seres.
1) Quanto à composição, podem ser:
a) simples - têm um só radical: pedra, mar
ou
composto - têm mais de um radical: girassol, fidalgo, guarda-chuva, pontapé
b) primitivo - formam outros substantivos: flor, livro, feliz
ou
derivado - formados com base num substantivo primitivo + acréscimo de prefixo ou sufixo: florista, livreiro, infeliz, infelizmente
2) Quanto à significação, podem ser:
a) próprio - designem particularmente os seres: João, Itália, Manhuaçu, Pinheiro. (são escritos com iniciais maiúsculas)
ou
comum - designam seres de forma geral e objetos: mulher, cidade, gato, garfo
b) concreto - designam seres reais ou fictícios (não dependem de nós para existir): anjo, bruxa, caderno, caneta, duende
ou
abstrato - nomeiam seres que dependem de nós para existir e ações, conceitos, estado: amor, justiça, dor
3) Quanto à flexão de gênero, dividem-se em:
1) biforme - possuem duas formas (uma para o masculino, outra para o feminino) - Costumam possuir o mesmo radical: pato - pata / menino - menina
e
biforme heterônimo: possuem duas formas (uma para o masculino, outro para o feminino) - Os radicais são diferentes: boi - vaca / pai - mãe
2) uniforme - possuem uma só forma para o masculino e para o feminino. Dividem-se em:
a) epiceno - designam animais e plantas. A diferença entre os gêneros é feita pelas palavras macho e fêmea: cobra macho - cobra fêmea / mamoeiro macho - mamoeiro fêmea
b) comum de dois gêneros - a distinção entre os gêneros é feita pelo artigo o e a: o estudante - a estudante / o motorista - a motorista / o compatriota - a compatriota
c) sobrecomum - A mesma forma serve para designar o masculino e o feminino: o cadáver / a testemunha / o cônjuge
CURIOSIDADES SOBRE OS SUBSTANTIVOS
1) Presidenta, segundo o "Aurélio", é "mulher que preside ou mulher de um presidente", distinta de presidente, que é "pessoa que preside" ou "o presidente da República". A forma tradicional, comum de dois gêneros (presidente), não tem nenhum sentido discriminatório. Mas presidenta tem mais um peso político que linguístico e, embora bastante utilizado ultimamente, é coloquial.
2) Peixe-boi tem um feminino heterônimo: peixe-mulher.
RETOMADA DE TERMOS
RETOMADA E ANTECIPAÇÃO DE TERMOS - REDAÇÃO
A retomada ou a antecipação de termos Observe o trecho que segue: “José e Renato, apesar de serem gêmeos, são muito diferentes. Por exemplo, este é calmo, aquele é explosivo.” O termo este retoma a nome próprio “Renato”, enquanto aquele faz a mesma coisa com a palavra “José”. Este e aquele são chamados de anafóricos. Anafórico, genericamente, pode ser definido como uma palavra ou expressão que serve para retomar um termo já expresso no texto, ou também para antecipar termos que virão depois.
São anafóricos:
a) pronomes demonstrativos: este, esse, aquele e flexões;
b) pronomes relativos: que, quem, o qual, onde, cujo e flexões;
c) advérbios e expressões adverbiais: então, dessa feita, acima, atrás, etc.;
d) pronomes possessivos: meu, teu, seu e flexões.
Contudo, os anafóricos, se mal-empregados, podem causar ambiguidade ao que se escreve. Eis alguns exemplos de ambiguidade por causa do uso dos anafóricos: “O PT entrou em desacordo com o PMDB por causa de sua proposta de aumento de salário.” No caso, sua pode estar se referindo à proposta do PT ou à do PMDB. Desfazendo a ambiguidade, ficaria assim: “A proposta de aumento de salário formulada pelo PT provocou desacordo com o PMDB.” Com a finalidade de ajudá-los a encontrar um articulador adequado a cada situação, abaixo está um quadro:
SIGNIFICADO GRUPO
1) Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de tudo, acima de tudo
2) Tempo: pouco antes, pouco depois, hoje, anteriormente, em seguida, afinal, por fim, agora, finalmente, sempre, constantemente, às vezes, ocasionalmente, raramente, não raro, ao mesmo tempo,
simultaneamente, nesse interim, desde que, apenas, todas as vezes que, sempre, assim que, desde
3) Semelhança: da mesma forma, do mesmo modo, similarmente, por analogia, por comparação, segundo, conforme, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, tal qual, sob o mesmo ponto de vista, tanto quanto, assim como, bem como, como se
4) Condição, hipótese: se, caso, eventualmente
5) Adição, continuação: além disso, ademais, outrossim, ainda mais, e, nem, não só...mas também
6) Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, se é que, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo
7) Certeza, ênfase: de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, inquestionavelmente
8) Surpresa: inesperadamente, de súbito, subitamente, surpreendentemente, inopinadamente
9) Ilustração: ou seja, isto é
a) pronomes demonstrativos: este, esse, aquele e flexões;
b) pronomes relativos: que, quem, o qual, onde, cujo e flexões;
c) advérbios e expressões adverbiais: então, dessa feita, acima, atrás, etc.;
d) pronomes possessivos: meu, teu, seu e flexões.
Contudo, os anafóricos, se mal-empregados, podem causar ambiguidade ao que se escreve. Eis alguns exemplos de ambiguidade por causa do uso dos anafóricos: “O PT entrou em desacordo com o PMDB por causa de sua proposta de aumento de salário.” No caso, sua pode estar se referindo à proposta do PT ou à do PMDB. Desfazendo a ambiguidade, ficaria assim: “A proposta de aumento de salário formulada pelo PT provocou desacordo com o PMDB.” Com a finalidade de ajudá-los a encontrar um articulador adequado a cada situação, abaixo está um quadro:
SIGNIFICADO GRUPO
1) Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de tudo, acima de tudo
2) Tempo: pouco antes, pouco depois, hoje, anteriormente, em seguida, afinal, por fim, agora, finalmente, sempre, constantemente, às vezes, ocasionalmente, raramente, não raro, ao mesmo tempo,
simultaneamente, nesse interim, desde que, apenas, todas as vezes que, sempre, assim que, desde
3) Semelhança: da mesma forma, do mesmo modo, similarmente, por analogia, por comparação, segundo, conforme, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, tal qual, sob o mesmo ponto de vista, tanto quanto, assim como, bem como, como se
4) Condição, hipótese: se, caso, eventualmente
5) Adição, continuação: além disso, ademais, outrossim, ainda mais, e, nem, não só...mas também
6) Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente, se é que, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo
7) Certeza, ênfase: de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, inquestionavelmente
8) Surpresa: inesperadamente, de súbito, subitamente, surpreendentemente, inopinadamente
9) Ilustração: ou seja, isto é
quarta-feira, 24 de maio de 2017
REDAÇÃO - CONECTIVOS
Conectivos
Um ponto extremamente importante para a coesão e o conectivo.
Conectivos ou elementos de coesão são todas as palavras ou expressões que servem para estabelecer elos, para conectar, para criar relações entre segmentos do discurso, tais como: então, portanto, já que, comefeito, porque, ora, mas, assim, daí, aí, dessa forma, isto é, embora e tantas outras. Veja o exemplo:
Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura, porém chega a exportar certos produtos agrícolas.
No caso, faz sentido o uso do porém, já que entre os dois segmentos ligados existe uma contradição – Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura X chega a exportar alguns produtos agrícolas. Seria descabido trocar o porém pelo porque que serve para indicar causa.
Relação dos principais elementos de coesão:
a)assim, desse modo: têm um valor exemplificativo e complementar. A sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou ilustrar o que se disse antes. Também podem ser usados no início da conclusão.
Exemplo: O Governador resolveu não se comprometer com nenhuma das facções em disputa pela liderança do partido. Assim, ele ficará à vontade para negociar com qualquer uma que venha a vencer.
b) e: anuncia o desenvolvimento do discurso. Indica uma progressão que adiciona, acrescenta algum dado novo. Se não acrescentar nada, constitui pura repetição e deve ser evitada. Ao dizer:
Exemplo: Tudo parece sem solução e assim permanecerá. (Não foi acrescentado nenhum dado novo – emprego inadequado) / Tudo parecia sem solução e a mudança de escola veio resolver o problema.(Aqui, foi acrescentado um dado novo – uso adequado)
c) ainda: serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão, ou para incluir um elemento a mais dentro de um conjunto qualquer.
Exemplo: O nível de vida dos brasileiros é baixo porque os salários são pequenos. É bom lembrar ainda que os serviços públicos são extremamente deficientes.
d) aliás, além do mais, além de tudo, além disso: introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo, mas dão, de imediato, uma ideia de desnecessário, justamente para dar o golpe final no argumento contrário.
Exemplo: Os salários estão cada vez mais baixos porque o processo inflacionário diminui consideravelmente seu poder de compra. Além de tudo são considerados como renda e taxados com impostos.
e) isto é, quer dizer, ou seja: introduzem esclarecimentos, retificações ou desenvolvimento do que foi dito anteriormente.
Exemplo: Muitos jornais, fazem alarde de sua neutralidade em relação aos fatos, isto é, de seu não comprometimento com nenhuma das forças em ação no interior da sociedade.
f) mas, porém e outros conectivos adversativos: marcam oposição entre dois enunciados ou dois segmentos do texto. Não se podem ligar, com esses articuladores, segmentos que não se opõem.
Exemplo: Choveu na semana passada, mas não o suficiente para se começar o plantio.
g) embora, ainda que, mesmo que: são articuladores que estabelecem ao mesmo tempo uma relação de contradição e de concessão. Servem para admitir um dado contrário para depois negar seu valor de argumento. Trata-se de um expediente de argumentação muito eficiente: sem negar as possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário.
Exemplo: Embora a ciência e a técnica tenham presenteado o homem com abrigos confortáveis, pés velozes e olhos de longo alcance, não se resolveu o problema das injustiças.
Como se nota, mesmo concedendo ou admitindo as grandes vantagens da técnica e da ciência, afirma-se uma desvantagem maior.
h)Certos elementos de coesão servem para estabelecer gradação entre os componentes de uma certa escala. Alguns, como mesmo, até, até mesmo, situam alguma coisa no topo da escala; outros, como ao menos, pelo menos, no mínimo, situam-na no plano mais baixo.
Exemplo: O homem é ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da ciência, do próprio semelhante, até mesmo do futuro e da morte. (observe que o futuro e a morte são o topo da ambição humana)
A violência tem marcado o século atual. A população mundial clama por uma solução e espera que, aomenos, os crimes cometidos sejam devidamente julgados. (aqui, espera-se o mínimo em relação à grande violência que assola a humanidade)
AS DIVERSAS FORMAS DE INTRODUÇÃO (DISSERTAÇÃO)
As diversas formas de introdução
Por vezes, quando nos deparamos com um tema, embora tenhamos conhecimento sobre o assunto, ficamos sem saber como começar a redação. Sabemos que a introdução é muito importante na dissertação, já que é ela que vai nos dar a ideia do que vamos ler. Existem várias formas para se iniciar um parágrafo, principalmente no que diz respeito à introdução. Tendo como base que o texto deve atrair a atenção do leitor, devemos construí-la de forma criativa e original.
Dessa forma, devemos evitar expressões banais e desgastadas como “atualmente”, “desde os tempos remotos”, “hoje em dia”, “todos sabemos”, “o mundo de hoje”, “a cada dia que passa”, “no mundo em que vivemos”, “na atualidade”, “é de conhecimento de todos”, “é de conhecimento geral”. “desde os primórdios até os dias de hoje”, “desde os tempos remotos até hoje”, etc.
Abaixo estão algumas formas criativas para começarmos a redação:
a) com uma declaração – geralmente adotamos esta forma porque ela nos remete com mais eficiência à objetividade. A declaração deve ser forte e surpreender o leitor.
Exemplo: A violência no Rio de Janeiro
É fato que o governo estadual, apesar das dificuldades, busca administrar o Rio de Janeiro de forma competente e cuidadosa. Entretanto, isso não tem sido suficiente para evitar o aumento da violência.
b) por divisão – é o tipo de introdução para quem deseja deixar clara no texto a direção que o parágrafo vai tomar. Citamos, logo na introdução, os argumentos que usaremos.
Exemplo: O preconceito na sociedade brasileira
Desde o Brasil colônia há, em nosso país, dois tipos predominantes de preconceito: a discriminação com relação à classe social e às diferenças étnicas. Embora tenhamos evoluído com leis específicas sobre o tema, ainda estamos longe de solucionar tal problema.
c) por alusão histórica – devemos usá-la quando a menção a um momento histórico enriquecer o conteúdo do tema a ser abordado no parágrafo.
Exemplo: O jovem do Brasil
Após a ocorrência do movimento dos caras pintadas, na década de noventa, a população jovem do Brasil buscou uma nova conscientização política. Hoje, vemos jovens mais participantes buscando cumprir seus deveres e cobrar seus direitos, exercendo assim a verdadeira cidadania.
d) com uma pergunta – ao lançar mão deste recurso textual, a pergunta não deve ser respondida de imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema. Deve também ser argumentada no decorrer do desenvolvimento e respondida na conclusão. É aconselhável que, quando usarmos esse tipo de introdução, defendamos três argumentos a fim de fundamentar melhor a resposta da conclusão.
Exemplo: Violência nos grandes centros urbanos
A violência é um problema que atinge altos índices nos grandes centros urbanos. De que forma podemos solucioná-lo?
e) alusão a um poema, conto, romance ou filme – ao optarmos por este tipo de introdução, devemos ter conhecimento real do que vamos escrever, pois o poema, o filme, etc. deve estar ligado ao assunto que iremos expor, servindo como exemplo.
Exemplo: O Sistema Penitenciário do Brasil
Quem viu o filme Carandiru percebeu que a corrupção dentro dos presídios, a superlotação carcerária e a violência não são recentes na história de nosso país. Tais fatos fazem parte do dia a dia dos brasileiros que tentam solucioná-los sem obter muito sucesso.
f) por definição – a conceituação ou definição é um recurso interessante que pode ser utilizado para direcionar o raciocínio e puxar argumentações para dar continuidade a outro parágrafo. Seu maior uso é para “conceituar” palavras cuja significação primária é distorcida ou mal compreendida: os termos política, vida social, comunicação, poluição, etc.
Exemplo: Poluição atmosférica
Poluição do ar é a mudança da composição ou das propriedades do ar que se respira. Isso ocorre quando se tem uma ocorrência produzida por descarga de poluentes ou de outras substâncias na atmosfera, de maneira a torná-lo impróprio ou nocivo à saúde.
g) por oposição – ocorre este tipo de colocação quando a oposição de ideias estabelece o rumo da argumentação.
Exemplo: O Rio de Janeiro e a violência
Sob um prisma, vê-se a cidade do Rio de Janeiro como um belo cartão postal que encanta qualquer visitante, sendo de relevante importância para o turismo. Por outro ângulo, observa-se a violência causando insegurança tanto à população quanto aos que aqui vêm em busca de lazer.
h) por comparação – com este recurso textual fazemos um paralelo entre o assunto que iremos expor e outro fato, correlacionando-os.
Exemplo: Planejamento urbano e reforma agrária
Comparando as propostas de um novo planejamento urbano priorizando-se o fim das favelas e a construção de casas populares com a de reforma agrária, vê-se que ambas têm algo em comum - a capacidade de reorganizar os espaços produtivos de nosso país. Este fato leva a refletir sob a real necessidade de tal reforma.
i) com uma sequência de frases nominais (frases sem verbo) – utilizam-se aqui frases curtas, que devem demonstrar fatos e eventos de mesma natureza.
Exemplo: A vida no Nordeste brasileiro
Escassez de água. Falta de saneamento básico. Fome e miséria. Essa foi, durante anos, a realidade do sertão nordestino no Brasil. Hoje, com as mudanças climáticas e os projetos do governo federal, a vida do Nordeste tem sido mais amena.
Essas são algumas formas para se construir a introdução. Poderemos usá-las com a finalidade de buscar nosso estilo de escrever. Lembremos sempre de que a introdução deve ser breve, ter apenas um parágrafo e deve dar ao leitor uma ideia do que vai ser desenvolvido na argumentação. Sendo assim, é preciso que se faça menção ao tema na introdução.
MATERIAL DE REDAÇÃO (2) - DISSERTAÇÃO
As qualidades do texto dissertativo
Um ponto básico da boa dissertação diz respeito às qualidades do texto. São elas:
1) Clareza – é a forma objetiva e simples de escrever, obedecendo ao padrão culto da língua. Importante lembrar que o emprego de palavras pomposas não é considerado propriamente padrão culto. A linguagem deve ser simples, desde que siga as normas gramaticais.
2) Concisão – é não utilizar palavras desnecessárias ou repeti-las. A língua portuguesa é rica em palavras, busque formar um bom vocabulário para evitar um erro nessa qualidade.
3) Correção – nada mais é que obedecer às regras gramaticais: concordância, regência, colocação pronominal, ocorrência de crase, ortografia, acentuação e pontuação. É bom lembrar que o uso de gírias é considerado erro na dissertação.
4) Precisão – essa qualidade envolve escolha da palavra certa para expressar as ideias. Mais uma vez percebe-se a necessidade de quem redige ter um bom vocabulário. Para que se entenda melhor o que pretende a precisão, citaremos um exemplo: harmonia e simetria são sinônimos. Todavia, têm empregos em situações diferenciadas. A palavra harmonia serve para designar relação entre pessoas, quando nos referimos a músicas ou países. Já o termo simetria deve ser utilizado para designar correspondência relacionada à forma de objetos e prédios.
5) Naturalidade – é escrever de forma simples, sem rebuscamentos ou exageros.
6) Originalidade – é não fazer uso de jargões(linguagem viciada que serve a determinado grupo profissional) e clichês (frases consideradas lugar-comum).
Exemplo: O marinheiro estava nervoso, pois não terminara a faina e aproximava-se a hora de dar o pronto. (jargão)
O povo brasileiro anda cansado de tanta corrupção. Não se pode mais ficar de braços cruzados. (clichê)
A originalidade está intimamente ligada à linguagem. Já dissemos que esta deve ser denotativa, que não devem ser usados clichês, jargões e gírias. Além disso, aspas só podem ser utilizadas no caso de emprego de palavras que não possuam outra semelhante em português e, ainda assim, devem ser evitadas. É o caso de “blitz”. Pode-se colocar batida policial de improviso que utiliza grande aparato. No caso de citação de outrem, as aspas são indispensáveis.
Exemplo: Como Nietzsche escreveu em Assim falava Zaratustra: “Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos aconselho a paz, mas a vitória! Seja o vosso trabalho uma luta! Seja vossa paz uma vitória! [...]”
Ainda com relação às qualidades do texto, são também importantes a coesão e a coerência.
Coesão – é a ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto. A coesão se apresenta quando lemos uma redação e percebemos a continuidade entre as frases, períodos e parágrafos.
Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém, o Ministro da Agricultura conceituou a manifestação como um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”.
(JORDÃO, R. BELLEZI C. Linguagens. São Paulo. Escala Educacional, 2007,566p.)
Como se pode constatar, os articuladores são grandes aliados da coesão.
Coerência – é quando um texto apresenta uma unidade de sentido, isto é, não apresenta discrepâncias. A coesão textual é a relação lógica entre as ideias, é a não contradição entre as partes do texto. Um texto coerente é aquele que tem sentido, que é entendido sem dificuldade. Pode-se afirmar sem medo que a coerência é fruto de uma linguagem objetiva, sem rodeios, sem adjetivação exagerada, sem explicações em demasia.
Exemplo: As desigualdades sociais são a principal causa da violência urbana. Isso ocorre devido à ausência de investimentos por parte do Poder Público.
MEUS LIVROS PUBLICADOS
https://www.agbook.com.br/book/224698--REVIRANDO_EMOCOES
https://www.agbook.com.br/book/130292--COMPROMISSO_COM_A_FELICIDADE
https://www.agbook.com.br/book/130408--EVIDENCIAS_QUE_REVELAM
MATERIAL REDAÇÃO 1 (DISSERTAÇÃO)
Dissertação
Texto que se caracteriza pela defesa de uma ideia, ponto de vista ou questionamento para abordar um determinado assunto. Nesse tipo de construção, é permitido ao autor acrescentar julgamentos ou opiniões para defender sua ideia, desde que se transmitam credibilidade e consistência, sem abandonar o formato de discurso persuasivo.
Alguns gêneros que admitem esse tipo de estrutura dissertativa admitem o tratamento de primeira pessoa do plural (carta argumentativa, editorial), mas o texto dissertativo argumentativo, o tipo de redação solicitado no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, o tratamento deve ser terceira pessoa. Isso se deve ao caráter impessoal que a dissertação exige. Em geral, o tipo de texto dissertativo argumentativo costuma distribuir o seu conteúdo da seguinte maneira:
1) Introdução
Serve para preparar o leitor. Ponto em que se apresentam as ideias que serão discutidas ao longo do texto. Assim, deve estar relacionada com o que se vai discutir no desenvolvimento. Deve ser objetiva. Deve ter apenas um parágrafo. Aconselha-se que não ultrapasse cinco linhas.
2) Desenvolvimento
É a parte onde se discute a tese. Momento em que se desenvolvem as ideias, anteriormente apresentadas, de modo a convencer o leitor por intermédio de argumentos sólidos e dados concretos. Aqui se colocam a argumentação e as controvérsias. Deve ter dois ou três parágrafos: um para cada argumento. Aconselha-se que cada parágrafo do desenvolvimento tenha de cinco a oito linhas. Cada um deles não deve ser menor que os da introdução e da conclusão.
3) Conclusão
É o fecho da redação. É a parte em que se elabora um desfecho coerente do desenvolvimento com base nos argumentos apresentados. Deve conter um resumo do que foi discutido. Uma boa forma de se conseguir isso é utilizar um articulador conclusivo. Deve apresentar uma proposição sobre o assunto. Deve ter um parágrafo e este não deve ultrapassar cinco linhas.
Como mencionamos acima, um subtipo da dissertação é o modelo dissertativo argumentativo, o tipo de redação solicitado no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. No estilo dissertativo argumentativo, o candidato precisa desenvolver uma tese, apresentar argumentos e uma proposta de intervenção social para tratar o problema apresentado no tema da redação. O objetivo da redação dissertativa argumentativa é convencer o leitor.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
REFLEXÃO SOBRE A PAZ
Temos buscado, incessantemente a paz. Essa busca não é prioridade apenas em nosso país, mas no mundo. Presenciamos, hoje, a queda de ditadores que, durante muito tempo, preconizaram cenas de intenso terror e violência. Tal fato seria muito positivo se a queda desses homens tiranos não se desse através de mortes violentas que mostram requintes de maldade assustadora. Estaríamos buscando realmente a paz? Ou a vingança? Vemos, também em âmbito mundial, jovens se agredirem e até se matarem em escolas, que deveriam ser locais onde o aprendizado da valorização da pessoa, do respeito pelas diferenças, da solidariedade e da amizade fossem tão importantes como o saber cognitivo.O que está faltando nas escolas? De quem é a responsabilidade pela educação social do jovem? Família e escola estão cumprindo seus papéis? Outra vertente da violência que nos tira a paz são os jogos de futebol. Vemos, com muita frequência, torcedores de times “rivais” digladiarem-se como faziam nossos ancestrais nas arenas da Roma Antiga. Afinal, o Homem realmente evoluiu? Por isso, devemos buscar um questionamento sobre o que está fazendo o Homem contemporâneo com sua espécie. Quais as causas desse comportamento excessivamente violento? A religião, tantas vezes usada como motivo de guerras sangrentas, tem cumprido sua meta de fazer a humanidade tornar-se solidária? A responsabilidade de dar exemplo para o jovem tem sido atendida? Tem ela um só elemento que a cumpra? Os Governos podem resolver o problema sozinhos? Qual o papel da sociedade nesse processo? Essas e muitas outras perguntas deveriam ser permanentes para o Ser humano no mundo atual. A comunidade mundial deveria questionar-se profundamente sobre o assunto, buscando respostas e responsabilidades, procurando solucionar, através do exemplo para a atual geração e as futuras, um problema, que se não for resolvido, poderá exterminar o sonho de termos um mundo pacífico.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
NOTÍCIA QUE CHOCA
Por mais que tente, não consigo ver com naturalidade o que acontece com as crianças no mundo. O que pretendemos fazer? Formar uma população mundial neurótica, em que todos sofram de síndrome do pânico? Acredito que isso é o que veremos, se não forem tomadas as medidas necessárias pelas autoridades mundiais.
As crianças têm sofrido todo o tipo de agressões: abandono dos pais, violência doméstica, pedofilia, etc.
Há bem pouco tempo, vivemos no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, uma situação aterrorizante. Um homem entrou numa escola, ceifou a vida de doze crianças e deixou outras feridas. Dentre estas, uma ainda se encontra em recuperação e seu estado inspira cuidados. Pois é, ainda nem digerimos essa notícia monstruosa e, leu-se, ontem, no jornal O Dia, a notícia de uma professora que, em meio a um tiroteio entre gangues, no México, cantava uma música para que as crianças ficassem calmas, mandou que deitassem no chão, de barriga para cima e boca aberta para engolir as gotas de chocolate de que a música falava.
A professora virou celebridade. Que notícia chocante! Um mundo onde professores viram celebridade por ter acalmado as crianças em meio a um tiroteio de gangues!
É passada a hora de a população mundial cobrar das autoridades segurança para nossas crianças, não só nas escolas mas também nas ruas e comunidades. Tal feito só será possível com a união de todos os segmentos da sociedade, quer nacional, quer mundial.
As crianças têm sofrido todo o tipo de agressões: abandono dos pais, violência doméstica, pedofilia, etc.
Há bem pouco tempo, vivemos no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, uma situação aterrorizante. Um homem entrou numa escola, ceifou a vida de doze crianças e deixou outras feridas. Dentre estas, uma ainda se encontra em recuperação e seu estado inspira cuidados. Pois é, ainda nem digerimos essa notícia monstruosa e, leu-se, ontem, no jornal O Dia, a notícia de uma professora que, em meio a um tiroteio entre gangues, no México, cantava uma música para que as crianças ficassem calmas, mandou que deitassem no chão, de barriga para cima e boca aberta para engolir as gotas de chocolate de que a música falava.
A professora virou celebridade. Que notícia chocante! Um mundo onde professores viram celebridade por ter acalmado as crianças em meio a um tiroteio de gangues!
É passada a hora de a população mundial cobrar das autoridades segurança para nossas crianças, não só nas escolas mas também nas ruas e comunidades. Tal feito só será possível com a união de todos os segmentos da sociedade, quer nacional, quer mundial.
terça-feira, 24 de maio de 2011
BEIRA O ABSURDO A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Sou partidária, como tantos outros colegas, de uma conscientização do jovem estudante de que não se deve dizer que tal forma de linguagem é certa ou errada, mas, sim, adequada ou inadequada ao espaço físico e ao grupo onde é usada. Vejamos:
a)imagine um médico (fora de seu meio) entrar num botequim e dizer ao balconista: “Me dá um café, por favor?” – Poderíamos dizer que a variação da língua que ele usou, naquele ambiente, estaria errada? Claro que não. Estaria adequada.
b)numa outra situação, um jovem conversando com seus pares no clube dizer: “Este jogo tá massa!” – a variação da língua estaria adequada, não poderíamos considerar errada.
A escola é responsável por preparar o jovem para a vida profissional. As grandes empresas, os concursos públicos e as faculdades exigem a norma culta da língua. Assim, a escola deve ensiná-la e conscientizar o jovem de que esta, no ambiente escolar, é necessária e imprescindível para que seu futuro seja de sucesso, nunca deixando de dizer que há outros níveis de uso da língua que podem ser adequados,dependendo do ambiente em que estejam. O que não torna inadequado o
emprego da norma culta em todos os ambientes. Apenas as outras variações, em determinados ambientes, não podem ser tidas como erradas, o que não valida a distribuição de livros que se propõem a instruir jovens terem em suas páginas formações que incitem o não emprego da norma culta, nivelando nossos jovens por baixo como se não pudessem aprender a língua em sua variante maior.
Assim, acho que o material (os livros distribuídos pelo MEC)deve ser recolhido, pois à escola caberá SEMPRE o ensino da norma culta.
a)imagine um médico (fora de seu meio) entrar num botequim e dizer ao balconista: “Me dá um café, por favor?” – Poderíamos dizer que a variação da língua que ele usou, naquele ambiente, estaria errada? Claro que não. Estaria adequada.
b)numa outra situação, um jovem conversando com seus pares no clube dizer: “Este jogo tá massa!” – a variação da língua estaria adequada, não poderíamos considerar errada.
A escola é responsável por preparar o jovem para a vida profissional. As grandes empresas, os concursos públicos e as faculdades exigem a norma culta da língua. Assim, a escola deve ensiná-la e conscientizar o jovem de que esta, no ambiente escolar, é necessária e imprescindível para que seu futuro seja de sucesso, nunca deixando de dizer que há outros níveis de uso da língua que podem ser adequados,dependendo do ambiente em que estejam. O que não torna inadequado o
emprego da norma culta em todos os ambientes. Apenas as outras variações, em determinados ambientes, não podem ser tidas como erradas, o que não valida a distribuição de livros que se propõem a instruir jovens terem em suas páginas formações que incitem o não emprego da norma culta, nivelando nossos jovens por baixo como se não pudessem aprender a língua em sua variante maior.
Assim, acho que o material (os livros distribuídos pelo MEC)deve ser recolhido, pois à escola caberá SEMPRE o ensino da norma culta.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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